Salmo 1: 1 ao 6 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”.
O homem bem-aventurado é, por conseguinte, um homem feliz.
No evangelho de Mateus o Senhor Jesus afirma que são bem-aventurados, felizes, os que vivem em conformidade com os padrões estabelecidos por Deus para os seus filhos, e aponta características que lhes devem ser próprias para que possam refletir sua imagem e semelhança e sejam reflexos de Cristo Jesus. As bem-aventuranças mostram os frutos que o Espírito Santo realiza na alma do homem: humildade de espírito, mansidão, sede de justiça, misericórdia, pureza de coração, espírito de pacificação, amor a Jesus e à Palavra de Deus.
A moral ensinada por Cristo cura o homem e lhe da nova vida; A ação do Espírito Santo na alma transforma o homem. Esse é o homem bem-aventurado. Esse é o homem feliz .
O primeiro versículo do salmo 1 chama nossa atenção para as coisas que o homem bem-aventurado deve evitar.
Não andar no conselho dos ímpios, não ouvir conselhos de pessoas perversas que não respeitam a moral, a religião, que são desumanos, cruéis, o ímpio se enquadra em todas essas definições. Enquanto o bem-aventurado procura andar nos padrões ensinados por Deus, o ímpio age de modo inverso. Não crê no Senhor nem anda em seus caminhos.
“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12.2)
O ímpio não consegue distinguir os valores espirituais, vive à margem da vida completa e satisfatória que Jesus oferece, não consegue captar o que Deus fala vive fora dos propósitos de Deus para o ser humano. Dar ouvido a estes conselhos é caminhar para a perdição. Quantas pessoas temos visto que se desviaram da fé e se perderam no pecado por ouvirem a conselhos ímpios e a conversas impróprias e inadequada, mas pela graça e misericórdia de Deus, alguns conseguem se libertar das garras do pecado; outros acabam desistindo e se afastando de Deus. A palavra nos diz que “ O que dá ouvidos aos conselhos do ímpio iguala-se a um cego guiado por outro cego” (MT 15:14).
Nós porem devemos nos afastar do pecado, nos voltarmos para Deus.
Não devemos andar no caminho dos pecadores, por que é andar na vontade de Deus. Se andarmos nestes caminhos damos brechas ao inimigo que terá o direito de nos atacar e tentar.
Todos somos pecadores, diante de Deus não há nenhum justo, contudo, há pecadores redimidos de seus pecados por terem recebido Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas e há aqueles pecadores que se rebelam e não ouvem a Palavra de Deus, preferindo, antes, continuar viver pecando. Em Provérbios 27:12 diz: “O prudente vê o mal e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena” Muitos homens que não creem nem temem a Deus costumam zombar, esses são os escarnecedores.
Não convém ao cristão receber conselhos, nem andar ou se assentar à mesa com pessoas que não temem ao Senhor, que não respeitam as coisas santas e o Seu Santo nome e cuja conduta não é compatível com a boa ética e moral cri tãs. II Coríntios 6:14 nos defini estes proceder: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão da luz com as trevas?
O salmo 119, o mais longo dos salmos, trata da excelência da lei divina. O salmista expressou de forma inequívoca o prazer que sente o homem de Deus na obediência e na meditação dos preceitos ordenados pelo Criador.
Enquanto o prazer do homem bem-aventurado está na lei do Senhor, que é objeto de sua meditação contínua, o prazer do ímpio está nas coisas que o mundo oferece. E a porta de entrada para os prazeres mundanos é muito larga, sedutora, atraente, e são muitos os que entram por ela, para sua perdição (Mt 7:13).
O diabo utiliza os prazeres do mundo, os quais às vezes se apresentam como inofensivos, para destruir pessoas desavisadas. Jesus disse que o diabo veio para roubar, matar e destruir, não levar em consideração esta advertência é desafiar o perigo, é dar lugar ao diabo, é abrir para Satanás nossas brechas espirituais. Resista às investidas do inimigo fugindo das tentações mundanas, do pecado, da porta larga. Não dê ouvidos aos apelos sedutores do mundo e do que nele há.
“Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo dia” (Sl 119:97).
O prazer que o salmista tem na lei do Senhor faz com que ele medite nela de dia e de noite. Meditar de dia e de noite na lei do Senhor significa tê-la sempre presente na vida, em qualquer lugar, tempo e circunstância. Significa que, além de nela refletirmos, devemos pautar nosso modo de vida em conformidade com seus preceitos, seja no lar, seja na igreja, no trabalho, no colégio, na rua, no nosso lazer. A lei do Senhor deve ser um norte para nossa vida e deve ter habitação em nosso coração. Por isso o salmista diz: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119:11). Aquele que medita continuamente na lei do Senhor e anda em seus caminhos, nela se alegra e encontra refrigério para sua alma.
Pra. Maria do Rocio