CURITIBA COMO EU A VEJO
Curitiba é a capital do Paraná, um dos três Estados que compõem a Região Sul do Brasil. A Cidade modelo do País, é considerada a capital mais limpa pelos programas apresentados pela administração que a mantém impecável. Seu sistema de transporte coletivo também é um dos melhores de todo o Brasil. Uma cidade com um clima muito exigente, pela manhã usamos agasalhos, à tarde podemos estar mais a vontade, mas sempre requer um guarda chuvas na bolsa além do agasalho para o final da tarde e nem pense em dormir sem levar o cobertor, a madrugada é sempre fria.
Apesar disto tudo que é maravilhoso para quem gosta de um friozinho, é linda, limpa, charmosa e quem diz que curitibano é frio, não conhece curitibano, ele só é um pouco mais exigente do que o normal no resto do País. Curitibano legítimo gosta de coisas boas, não aceita qualquer coisa e nem se deixa enganar com facilidade. Amo Curitiba assim como os Curitibanos, vivo há trinta anos nesta cidade e posso dizer que foi a cidade que melhor me adaptei, mas imposições às vezes nos tiram e por força de trabalho hoje moro só 15 dias do mês nela, o resto do mês moro em Guaratuba- Pr.

CURITIBA UM POUCO DA SUA HISTÓRIA
No século XVII, sua principal atividade econômica era a mineração, aliada à agricultura de subsistência. O ciclo seguinte, que perdurou pelos séculos XVIII e XIX, foi o da atividade tropeira, derivada da pecuária. Tropeiros eram condutores de gado que circulavam entre Viamão, no Rio Grande do Sul, e a Feira de Sorocaba, em São Paulo, conduzindo gado cujo destino final eram as Minas Gerais. O longo caminho e as intempéries faziam com que os tropeiros fizessem invernadas, à espera do fim dos invernos rigorosos, em fazendas como as localizadas nos "campos de Curitiba". Aos tropeiros se devem costumes como o fogo de chão para assar a carne e contar "causos", a fala escandida - o sotaque leite quente -, o chimarrão (erva-mate com água quente, na cuia, porque os índios a utilizavam na forma de tererê, com água fria), o uso de ponchos de lã, a abertura de caminhos e a formação de povoados.
No final do século XIX, com o ciclo da erva-mate e da madeira em expansão, dois acontecimentos foram bem marcantes: a chegada em massa de imigrantes europeus, entre eles os meus bisavós e  a construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, ligando o Litoral ao Primeiro Planalto paranaense.

Os imigrantes - europeus e de outros continentes -, ao longo do século XX, deram nova conotação ao cotidiano de Curitiba. Seus modos de ser e de fazer se incorporaram de tal maneira à cidade que hoje são bem curitibanas festas cívicas e religiosas de diversas etnias, dança música, culinária, expressões e a memória dos antepassados. Esta é representada nos diversos memoriais da imigração, em espaços públicos como parques e bosques municipais.

A "mítica imigrante do trabalho"  acabou criando uma Curitiba planejada - e premiada internacionalmente, em gestão urbana, meio ambiente e transporte coletivo.

No século XX, no cenário da cidade planejada, a indústria se agregou com força ao perfil econômico antes embasado nas atividades comerciais e do setor de serviços. Curitiba enfrenta agora o desafio de grande metrópole, onde a questão urbana é repensada sob o enfoque humanista de que a cidade é primordialmente de quem nela vive. Seu povo, um admirável cadinho que reuniu estrangeiros de todas as partes do mundo e brasileiros de todos os recantos, ensina no dia-a-dia a arte do encontro e da convivência. Curitiba renasce a cada dia com a esperança e o trabalho nas veias, como nas alvoradas de seus pioneiros.

Essa é a cidade de Curitiba, não tenho a pretensão de contar toda a história da cidade, pois isto iria requerer algum tempo de pesquisa, mas espero ter passado pelo menos uma noção de como é e foi formada esta cidade tão querida.

Maria do Rocio.