"Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio" (Atos 6:3).
Oração e serviço costumam ser tópicos opostos na vida da Igreja atual, entretanto não deve ser assim. A vida de oração é o que deve nos mover em prol do serviço aos nossos irmãos e esse mesmo serviço deve, igualmente, ser baseado em nossa vida de oração e comunhão com Deus, conforme exemplo que temos no livro de Atos. Os sete diáconos que foram escolhidos para ajudar os apóstolos eram homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria.
A vida de Deus precisa fluir através de nós de tal forma que teremos um enorme encargo para realizar as obras de Deus. O trecho de Mateus 28 nos mostra como esse encargo deve ser. Devemos fazer discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar a palavra de Deus. O encargo que Jesus nos outorgou diz respeito a levar a mensagem das boas novas ao mundo. A Igreja precisa ser um agente de evangelização constante. Não apenas para levar uma doutrina, ou para catequizar alguns, mas para fazer discípulos que reproduzam, por si mesmos, aquilo que foi pregado, ensinado. Esse é o grande desafio.
É interessante que o texto que esta em Tito 2:14. mostra uma realidade muito peculiar. Que Jesus se doou para purificar nossa iniquidade e purificar um povo zeloso de boas obras. Esse texto nos diz que, enquanto filhos remidos de Deus, devemos ser zelosos de tal forma que praticaremos boas obras. Mas não obras boas pelo padrão humano. Essas boas obras se referem à obra de Deus na Terra. Conhecer a vontade de Deus, nesse sentido, é vital para saber andar em conformidade.
Uma das maiores mentiras do diabo é passar a responsabilidade no meio do povo de Deus. Nenhum de nós se responsabiliza por coisa alguma, esperamos que o pastor, que é pago conforme seu trabalho, faça nossa ligação com Deus. Mas não é assim que deve ser. Aqui, em Efeso, Paulo roga aos irmãos que andem, cada um, conforme a vocação com a qual foram chamados por Deus.
Cada um de nós precisa andar conforme a vocação de Deus. Pense. Se todos terceirizarem a responsabilidade ninguém se responsabilizará e no fim o diabo sai vencedor. Entretanto, se cada um de nós, de acordo com o chamamento de Deus, se responsabilizar pelo agir de Deus, então certamente o diabo não terá lugar nessa terra.
Nós já falamos, em algumas oportunidades, sobre a vida de oração de Jesus. Esse ponto é tão importante e fundamental para a compreensão desse tema, que mais uma vez eu me propus a escrever sobre ele. A oração é a base do ministério de Jesus. Jesus se retirou para orar antes de todos os grandes acontecimentos de seu ministério, a começar pelos 40 dias no deserto.
Muitas vezes achamos que servir a Deus é um simples ato de trabalhar ou fazer alguma coisa. Mas isso está incorreto. Devemos dar Deus para as pessoas e a única forma de ganhar a porção do Espírito é através da oração constante e duradoura. Passar noites na presença do Pai, comungar com o Espírito de tudo aquilo que Ele tem feito e realizado por nós. Não se trata de uma doutrina, não se trata de um ensinamento. É uma prática de vida que precisa ser, de fato, prática. Sem a oração Jesus não estaria apto, ao menos
se baseamo-nos em suas próprias atitudes, de realizar coisa alguma. Para servir Jesus se retirava para orar. Para realizar muitas curas, Jesus se retirava para orar. A oração é a base de seu ministério.
O serviço no templo não era um item secundário na vida de Jesus. Pelo contrário! Jesus, apesar de passar noites em oração, levantava cedo e se ia para o templo ensinar. O serviço deve ser tido como um trabalho para Deus. Não podemos espiritualizar demais essas coisas, para não cair no erro. Se temos o chamamento de Deus e estamos alinhados à Sua vontade em oração, então temos que arregaçar nossas mangas e trabalhar e nos fadigar pelo motivo, o qual, fomos primeiramente salvos pela vida do Senhor.
Chegue-se na presença de Deus! Deus concede dons e talentos a todos quanto O buscarem de coração.
Pra. Maria do Rocio