Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.
Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura.
E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.
Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso espírito! Amém. (Galatas 6:14 a 18 )
Paulo declara firmemente: “O mundo está crucificado para mim”. Será que isso é demais para o crente do século XXI? O morro do Gólgota recebia muitas visitas de curiosos que ali iam para assistir à humilhação dos malfeitores. E aquilo era uma verdadeira festa; zombava-se do sofrimento. Mas, no dia seguinte, quem eram os primeiros a chegar ao local? Os primeiros eram os urubus — que iriam bicar os olhos das vítimas, e a carne das suas costelas. Depois eram os cães, que devoravam as pernas e braços dos infelizes. Assim, todo deformado, com as entranhas à vista, o indivíduo era um espetáculo horrendo. E era assim que Paulo via o mundo crucificado, nada atraente aos olhos dele.
Possamos nós também tremer interiormente e repetir, com lábios trementes, a mesma afirmação do apóstolo: o mundo está crucificado para mim. Só depois que estivermos mortos para o mundo com todos os seus prazeres, sua glória fútil e alegrias efêmeras, poderemos experimentar a mesma libertação que Paulo conheceu. Mas a realidade é que nós, os seguidores de Cristo, respeitamos as opiniões do mundo, e buscamos sua apreciação e suas condecorações. Um moderno crítico da igreja diz que atualmente o deus do crente é o ouro, e o seu credo é a cobiça. Mas graças a Deus que ainda existem algumas exceções a essa regra.
E esse bendito homem, Paulo, para quem o mundo estava crucificado, era considerado “louco”. E mais, ele apresentava sua mensagem de tal forma que alguns procuraram matá-lo, pois ele representava uma ameaça para o comércio deles. Esses apóstolos, com todo o seu santo e sadio desdém pelo mundo e pelas pessoas do mundo nos deixam humilhados.
“Eles escalaram a íngreme ladeira para o céu, em meio a perigos, sofrimento e labor; Ó Deus, dá-nos a graça de seguirmos as suas pegadas”.
Muito breve estaremos dizendo adeus à perecível vida terrena e saudando o início da eternidade. Quero desejar-lhe, prezado irmão, uma vida de serviço sacrificial para Aquele que foi nosso sacrifício. Que também nós possamos terminar a carreira com gozo.
Pra. Maria do Rocio