Andava por um jardim, era outono, as folhas das árvores caiam, amareladas, avermelhadas, o chão ,todo estava coberto de folhas. Atravessei aquele jardim e me deparei com uma porta, não via nada além dela com grandes puxadores em forma de argolas, olhei e não via ninguém por perto, mas ao abri-la ouvi o som que vinha de dentro daquele lugar, era um templo, muito simples nada havia ali de sofisticado, eram bancos de madeira bruta, escuros, bancos compridos iam de um lado ao outro do templo sem espaço no meio, com corredor nas laterais  por onde as pessoas passavam para sentarem-se. Fui entrando e me sentei no primeiro banco, olhei para a simplicidade do templo e não podia deixar de admirar aquelas cores que embora escuras se misturavam. Não vi nenhum púlpito, apenas um espaço vazio, não havia microfones nem caixas de som, não havia nenhum instrumento, eram apenas os bancos e as pessoas, então percebi que a minha frente se colocavam cadeiras de rodas com os seus ocupantes, alguém me fez sinal para que levantasse, sai de onde estava e fui até a pessoa e ela me disse já estão todos aqui para ouvi-los. Me assustei, olhei para os lados e vi alguns grandes pregadores, estavam ali em pé ao meu lado, pude identificar alguns, todos pastores e eu ali no meio deles, olhei para saber quem iria falar e então a mesma pessoa que me tinha levado até ali, encaminhou a todos para um banco lateral que eu ainda não tinha percebido. Sentaram-se todos e o único som que ouvia não podia identificar de onde vinha.
Atrás de mim via anjos, eram lindos, brancos , amarelos, azuis, a imagem era impressionante.
então a pessoa me fez um sinal e compreendi que era eu quem deveria falar. Respirei fundo e sem o menor receio comecei a falar de intimidade com o Senhor, comecei a falar da presença do Senhor e não conseguia ouvir nada, mas podia perceber lagrimas nos rostos a minha frente, a esta altura os bancos já totalmente tomados por pessoas e na frente já não cabiam mais cadeiras de rodas, havia ainda algumas pessoas sentadas no chão. Lembro que a palavra era o choro só dura uma noite e a alegria vem pela manhã. Continuei falando esta palavra e disse as pessoas que quando aquelas janelas refletissem a luz do dia  com a luz viria a alegria, mais lágrimas caiam e então percebi que do teto da igrejinha caia pó de ouro, era uma chuva muito fina, mas começava a se acumular aquele pó no chão, nos braços das cadeiras, sobre a roupa das pessoas também se podia ver o pó fino, dourado, continuei falando da alegria do amanhecer, da luz que viria para encher aquela sala, então me abaixei, peguei um punhado do pó fechei a mão e comecei a soltar o pó de ouro por um buraquinho da mão fechada sobre a cabeça de um dos cadeirantes e ele se levantou e andou, fiz a mesma coisa com o segundo e o resultado foi o mesmo, então olhei para o banco dos pastores e os chamei para que viessem e fizessem o mesmo, os que eram curados iam saído felizes e outros corriam para receber aquela benção que estava sendo derramada. A felicidade que sentíamos era tão grande que não conseguia parar de derramar aquele pó sobre cada um que se aproximava.
Falei a alguns pastores, aqueles que consegui reconhecer que poderíamos repetir aquilo em todas as igrejas, eles concordavam comigo e já estávamos combinando qual seria a próxima igreja a receber a benção, então a luz se fez na janela e a alegria dentro da igreja não podia mais ser contida nela, todos saíram correndo para fora para ver o novo dia, a luz que traria a alegria. Lembro de ter abraçado um dos pastores e saímos também felizes pelo que tinha acontecido. Foi um sonho, mas estou relatando para glória do Senhor, pois refletia a Sua palavra. Não me recordo de ter dormido, muito menos de ter acordado. ?
 
Pra. Maria do Rocio