MENSAGEN ESCRITA EM JULHO DE 2009

Saul era o rei de Israel, escolhido pelo povo. Sem o conhecimento de Saul, Davi é ungido pelo profeta Samuel. Este era o escolhido de Deus.
Saul era um rei desobediente, não fazia as coisas conforme a vontade de Deus, Saul declinava em sua popularidade. Ao contrário Davi estava em ascensão.
Davi, querido por todos, adquiria fama e confiança, principalmente pelo feito contra o gigante Golias.
Movido por ciúme e inveja, Saul começa a perseguir Davi para matá-lo.
Davi por medo se refugia em Adulão, uma caverna que se situa no vale de Elah ou vale do carvalho. Ao chegar à caverna, Davi atrai familiares e mais 400 homens, pessoas de má fama, endividados e de espírito desgostosos. Adulão passou a ser o refúgio para muitos, sobre o comando de Davi.
Os homens que seguiram Davi até esta caverna, eram pessoas insatisfeitas com Saul, não concordavam com o governo dele e procuravam um líder que fosse obediente a Deus, que pudesse mostrar-lhes soluções para todas as questões.
Adulão significa refúgio, fortaleza é lugar de igualdade, não havia ali diferenças, rei e súditos andavam juntos, comiam juntos, não havia desmandos, nem desobediência as Leis do Senhor, todos conviviam em igualdade, promovendo assim a transformação de vidas, Vidas recompensadas por Deus À palavra Adulão significa “JUSTIÇA DO POVO”.
Volto a este texto hoje para acrescentar uma outra visão desta caverna.
Ali foram formados os valentes de Davi, os guerreiros intrépidos que defenderam o rei em todas as circunstâncias.
Estes guerreiro acompanharam Davi depois que ele saiu da caverna, muitos deles foram servir ao rei no palácio, nos campos de batalha, Davi não abandonou seus homens, mas os levou consigo para fazer parte do seu reino.
Os valentes de Davi,  aqueles que eram maltratados pelo mundo.
Hoje ainda vemos muitas pessoas que não recebem tratamento digno, que são espezinhadas por lideranças preguiçosas que não querem transformar pessoas, por lideranças que não compreendem e não identificam os verdadeiros valentes, os guerreiros, que as julgam como criadores de confusão, quando na verdade elas querem contribuir mais, mostrar o valor que teem,  lideranças que se amedrontam diante de grandes ministérios, por temer que sua igreja ou comunidade acabe por reconhecer o valor de um verdadeiro valente que não abandona a luta, que enfrenta o medo, que derrota atitudes covardes da sua própria vida. Que lança mão de tudo o que tem para defender a sua posição.
Discípulo não se faz a força, mas com uma grande disposição para o amor.
Querer ensinar na base da pancada, tratar os outros como propriedade sua, querer que as pessoas se ajustem a sua maneira de ser, não é ser liderança, liderar é permitir que todos tenham a sua opinião e trabalhar transformando isto em benefício.
Na caverna as pessoas perseguidas, maltratadas pelo rei Saul, podiam participar de tudo, podiam louvar a Deus, podiam orar e dar graças ao Senhor, assim passaram a se identificar pela fé, se aprofundar na busca de Deus e assim transformar as suas vidas, enquanto aprendiam com Davi como derrotar gigantes, aprendiam ali como diminuir para que Deus se tornasse grande.
Sob as ordens de Davi, foram para a batalha de Queira, onde disseram “TEMOS MEDO”, mas Deus estava com eles, foram excluídos por Saul, mas não por  Deus,  então foram alertados para deixar a caverna, o profeta Gado, lhes falou Não fiques naquele lugar forte; vai e entra na terra de Judá. E entraram na terra de Judá e foram servir ao rei em seu castelo, se tornaram pessoas de total confiança, pois o rei era outro e os via como um igual, não os subjulgava como havia feito Saul.
Adulão é lugar de passagem. “Passaremos por Adulão, talvez poucas ou muitas vezes, contudo, chegará o dia de entrar em Judá”.
Assim acontece com o ser humano, insatisfeito com a vida, vai buscar em Deus, se entrega a Deus, e passa os seus dias em Adulão, até que de Deus venha a sua vitória.

Pra Maria do Rocio