Havia combinado com o marido que tiraríamos férias a partir do dia 18/12/2012, ele fez questão de frisar isto é em 2012. Bem por insistência dele saímos de férias em 12/2012, mas somente no dia 26, e eu ainda não havia terminado o que tinha me proposto fazer; É difícil para ele entender que eu não falo só do que eu quero, mas sim dos meus compromissos com Deus, programei mudanças na página do Projeto, programei um culto de natal, programei a entrega do livro para a gráfica, a entrega dos presentes e a gravação das mensagens para serem publicadas até o dia 01.01.2013; sou uma pessoa organizada não gosto de deixar coisas para trás, principalmente no final de um ano; Trabalhei muito e sai de férias como disse no dia 26, porem tudo que havia adiantado para poder tirar estas férias parecia ter se desfeito, no dia 25 descobri que mesmo as gravações que já estavam prontas eu não poderia levar porque não tinha sido editada, como internet se leva a todos os lugares, presume-se, eu fui não era para ir, desde o dia 18 quando adiei pela primeira vez já sabia que alguma coisa estava errada e era o meu compromisso com Deus, não com o Marcelo, descobri isto, ou melhor, tomei consciência de que realmente tinha errado quando vi um céu se fechando bem na minha frente, isso é literal, o céu ficou preto, detalhe eu estava em um barco com mais ou menos um percurso de cinquenta minutos antes de chegar ao destino, foi horrível, pedi perdão a Deus e me senti totalmente apavorada, Deus havia me dito termine e eu achei que estava terminado, não estava, o que estava levando não serviria de nada, resultado passei por uma tempestade repentina, cheguei ao destino de olhos fechados porque não dava para abrir de tanta água, estava ajoelhada no fundo de um barco, encharcada, apavorada, com frio e ainda tinha que segurar as pontas da lona para não molhar as coisas que levávamos. Cada onda que batia no barco jogava um monte de água em cima de mim, e quando o barco descia a onda eu tinha que me segurar porque não conseguia ficar no fundo, tive medo de ser jogada para fora, exagero, só quem estava lá para saber, até o barqueiro confessou que sentiu medo. Além disso, a minha perna ficou cheia de manchas rochas, aquelas de batidas. O temporal foi feio, foi noticiado, Paranaguá sofreu bastante com os estragos causados. Bom cheguei ao destino, primeiro dia de férias descobri que o modem da Vivo não serve para nada e o da Oi nem consegui habilitar, internet só as quatro horas da manhã e por alguns minutos, receber e mail, nem pensar, mandar também não, telefone só funcionava quando queria, tinha autonomia, bem fui pescar, já sabia que não devia ter ido, mas já estava lá, peixe só bagre, baiacu, escrivão e betara, mas o tamanho não passava de 15 centímetros, isca também não tinha, assim passou o segundo dia, o primeiro eu só dormi para recuperar do susto. Terceiro dia eu já estava decidida a voltar, o Marcelo ainda insistiu mais um pouco, quando às dezessete horas, puf, apagou a luz, agora e que não dava para fazer mais nada, chuva que corria na porta da casa como enxurrada, a casa da vizinha o morro desceu e ela ganhou um monte de lama, eu como não tinha nada para fazer decidi limpar a casa, resultado banho gelado, você não lembra que esta sem luz a não ser nestas horas. Jantamos e decidimos que voltaríamos no dia seguinte bem cedo, o marido mudou de ideia, afinal o compromisso com Deus era só meu, mas consegui sair da ilha, já era meio dia e quarenta quando o barco chegou para nos pegar, depois de eu insistir que queria voltar, fomos almoçar as quinze horas e já não tinha comida era pão, arroz, salada e uma carne, mais um suco de laranja, olhei e agradeci, comemos e viemos em direção a Guaratuba, chegamos a casa as dezoito horas, fila no ferry-boot. Para honrar aquele que me ama e que me salvou daquela tempestade, que me perdoou por ter desobedecido, escrevi este texto todo, como testemunho de que só Deus é comigo o resto só atrapalha. Há são vinte e três horas e tudo que eu tinha que fazer já esta pronto, a página ficará pronta até o dia 1 de janeiro de 2013, as férias, quando Deus quiser. Amém?

Pra. Maria do Rocio