Na luta do cristão contra o diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo superando as tentações. Não estamos sós, contudo Jesus tornou-se um homem, foi tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar sobre Satanás.  Jesus foi tentado várias vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi batizado, e  foi o Espírito que levou Jesus para o deserto mostrando que Deus pretendia que Jesus fosse totalmente humano e sofresse tentação.
"Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães". O diabo é um mestre das coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata. Era verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade.
A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos a nossa disposição.
"Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus".
Em cada teste, Jesus se voltava para as Escrituras, usando um meio que nós também podemos empregar para superar a tentação. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar conceber seus próprios esquemas para se sustentarem. O diabo ataca as nossas fraquezas. Ele não se acanha em provar nossas áreas mais vulneráveis. Depois de jejuar 40 dias, Jesus estava faminto. Daí, a tentação de fazer alimento de uma maneira não autorizada. Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos mais vulneráveis, no momento. De fato, as tentações são frequentemente ligadas a sofrimento ou desejos físicos.  A tentação parece razoável. O errado frequentemente parece certo. Um homem tem que comer. Muitas pessoas sentem que necessidades pessoais as isentam da responsabilidade de obedecer às leis de Deus.  Precisamos confiar em Deus. Jesus precisava de alimento, sim. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado. Deus proverá o que ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe. É melhor morrer de fome do que desagradar ao Senhor.
"Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra". Jesus tinha replicado à tentação anterior dizendo que confiava em cada palavra do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia tanto em Deus, então experimenta-o. Verifica o sistema e vê se ele realmente cuidará de ti." E ele confirmou a tentação com um trecho das Escrituras
"Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus" .
A confiança verdadeira aceita a palavra de Deus e não necessita testá-la.  O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia. Pessoas frequentemente aceitam qualquer ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos. O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial  pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao nosso serviço a Deus, e não continua exigindo mais prova. Em vista da abundante evidência que Deus apresentou, é perverso pedir a Deus para fazer algo mais para dar prova de si.
"Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou- lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares". Que tentação! O diabo deslumbrava com a torturante possibilidade de reinar sobre todos os reinos do mundo. A questão aqui não era tanto a de Jesus tornar-se um rei (Deus já lhe tinha prometido isso, mas de como e quando. O Senhor prometeu o reinado ao Filho depois de seu sofrimento. O diabo ofereceu um atalho a coroa sem a cruz. Era um compromisso. Ele poderia governar todos os reinos do mundo e entregá-los ao Pai. Mas, no processo, o reino se tornaria impuro.
"Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto".
Nada é bom se é errado, se viola as Escrituras. Satanás paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para comprar Jesus. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a Deus, pode esperar que o diabo virá pagá-lo. O diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o mais decisivo caminho ao poder e à vitória. Jesus recusou o atalho; Ele ganharia os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje Satanás tenta as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter pessoas. O caminho de Deus é converter ensinando o evangelho. Exatamente como ele tentou Jesus para corromper sua missão e ganhar poder através de meios carnais, assim ele tenta nestes dias.
O diabo oferece compromissos por bons propósitos. Ele testa a profundeza de nossa pureza. Ele nos tenta a usar erradamente as Escrituras para apoiar um bom ponto ou dizer uma mentira de modo a atingir um bom resultado. Nunca é certo fazer o que é errado. Nesta batalha entre os dois leões, Jesus ganhou uma vitória decisiva. E ele fez isso do mesmo modo que nós temos que fazer; Confiou em Deus; Usou as Escrituras;  Resistiu ao diabo e nunca fez o que ele sabia que não era certo. Que Deus nos ajude a seguir seus passos, fazer só o que Deus aprova e principalmente parar de buscar desculpas para as coisas erradas que são feitas ao invés de pedir perdão, obedecer a Deus e ganhar a herança.
Quando ouço pastores arrumando desculpas para erros, fico imaginando de que forma estão lendo a palavra.  Sem a ajuda do CONSOLADOR, estão interpretando conforme a sua própria  vontade.

Pra. Maria do Rocio