Salmo 42:1 a 3: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está?”
Todos nós temos, em nosso corpo, marcas. Marcas exteriores que todos olham e podem ver. Mas existem marcas resultantes de feridas que os olhos não podem ver, não são feridas externas, são  feridas escondidas, são memórias. Há muitas pessoas com memórias que as ferem muito, machucam, que fazem doer, porque foram abandonadas, ou passaram por abusos, ou por sempre terem sido criticadas severamente, ou porque foram odiadas, ou porque não foram desejadas, ou porque passaram por abusos sexuais, espirituais, ou porque passaram por ritos espiritualistas, ou entraram em lugares chamados “Igreja” e foram abusadas espiritualmente.
Uma ferida física é curada em pouco tempo ao contrário disto uma ferida emocional, às vezes, demora anos. Há pessoas que são curadas no corpo, mas as suas emoções têm feridas irreparáveis.
Jesus, no Seu Ministério de três anos, curou muitas pessoas. Curou lepra, problemas espirituais e toda sorte de doenças.
Existe um caminho para a cura das feridas da alma, de corações que foram despedaçados e que têm grandes cicatrizes destes traumas, mas que não são visíveis a nós, porem Jesus os conhece e e Ele quem promove esta cura. Existem coisas lá dentro de nós  que precisam ser tratadas e que não podem ser tratadas de qualquer jeito. É preciso que a Igreja ensine ao povo de Deus a se libertar para que a cura aconteça. Todas as vezes que alguém fecha o coração, fecha a confissão, a dor se agrava há memórias que doem. É como uma brasa, dá vontade de vomitar. Há um mal-estar, e a pessoa sofre muito. Há muitas pessoas que tentam escapar de suas feridas se embriagando, vivem no torpor da bebedeira para esquecer aquilo que sofreram, outros se drogam, outros trabalham, outros explodem os seus nervos, morrem prematuramente. Quando não se abre o coração, quando não se é honesto consigo mesmo, a dor se agrava, piora. É preciso ser honesto consigo mesmo e com Deus. É na Igreja que encontramos conselheiros seguros: Bispos, Pastores, Pastoras, com quem se pode abrir o coração e confiar a dor interior, e neste ambiente que a pessoa deve procurar pela ajuda necessária para receber a cura total deste mal. Portanto se tens um problema, abre o teu coração com um conselheiro, com alguém que seja preparado, continuar com o  ressentimentos, só vai piorar, Só há um caminho para curar as feridas do coração: o perdão. Mesmo que as pessoas que feriram não o mereçam, é preciso perdoá-las para o próprio bem. Se não perdoamos, estamos vingando a nós mesmos. É contra nós que vem o mal. E Deus quem deve retribuir, vingar. Libera quem te feriu. Deus sabe retribuir. Deus sabe a hora, o momento exato da retribuição. E quando Deus vinga, horrível coisa é cair nas Suas mãos. Não desejes retribuir o mal com o mal. Essa não é a posição cristã.

Deus  vê cada lágrima que nós vertemos, cada injustiça que nos é feita. Nada escapa aos olhos de Deus.

Pra. Maria do Rocio