Pessoas em trânsito tinham garantido, por lei, o direito de colher espigas, de alimentar seu rebanho, de apanhar os grãos caídos durante a vindima; a esmola, recomendada aos pobres destinava-se, em especial, àqueles que caminhavam à Jerusalém. Mesmo assim, havia pessoas famintas, sem ter o que comer... A distribuição do pão preservou, através dos evangelhos principalmente, a compaixão do Redisse Eliseu: Distribui-os aos homens para que comam! Seu ajudante replicou: Como poderia eu distribuí-los para cem pessoas? Eliseu repetiu: Distribui-os aos homens para que comam! Assim fala o Senhor: Comerão e ainda há de sobrar. O ajudante distribuiu os pães em presença do povo. Eles comeram, e ainda houve sobra, de acordo com a palavra do Senhor (2 Rs 4.42-44). A atitude de Eliseu, o homem de Deus, está diretamente ligada a atitude de Jesus, o filho do Homem, que nos evangelhos, com olhos de compaixão, vê a multidão faminta: Dai-lhes vós mesmos de comer... (Marcos 6.37).
A voz profética é inconfundível: distribui-os aos homens para que comam. Deus se preocupa com os fracos, famintos e peregrinos. Como símbolo de fé, o alimento partilhado, revela o padrão do Reino de Jesus quanto a justiça social: todos comem e são saciados! Não há distinção Que haja hoje a mesma voz profética, o mesmo coração de compaixão, que crê na providencia divina e que diz: "Comerão e ainda há de sobrar!"