"Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.”.
A Jesus Cristo foi atribuído mais este título, LEÃO DE JUDÁ.
Judá foi um dos 12 filhos de Jacó. Emprestou também o nome para uma das 12 tribos de Israel, que recebeu seu território após os israelitas conquistarem a terra prometida. Judá também, mais tarde, foi o nome dado a um dos dois reinos divididos de Israel (reino do sul), após a morte do rei Salomão.
O termo Leão foi emprestado do registro de Gênesis 49.9-10, onde Jacó pronuncia profecias a respeito de seus filhos e a posteridade deles. Sobre Judá, Jacó diz: “Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos.”
Assim, o termo Leão de Judá é uma referência ao Messias Jesus Cristo. Mas por que a Jesus Cristo? Porque Jesus é descendente de Judá. Observe a genealogia de Mateus 1.1-17. Lá vemos que José, marido de Maria, é descendente direto de Judá e, portanto, Jesus também. Dessa forma fica claro que a pessoa citada em Apocalipse 5.5, o Leão da tribo de Judá, é Jesus Cristo, a raiz (descendente) de Davi, Aquele que venceu! E também podemos dizer que o significado de “Leão” é bem mais abrangente e também é um símbolo de realeza, de força, de poder e de autoridade. Jesus Cristo tem todas essas características. A figura do leão decorava o emblema do estandarte que representava a tribo de Judá, tanto em viagens quanto em incursões militares.
Em todas as épocas (e também nos dias atuais), o leão representa a força e o poder que, nos tempos antigos, eram atribuídos, ou pelo menos desejados, pelas linhagens reais e guerreiras. A esperança judaica, neste aspecto, não era diferente, porque o Messias que os judeus esperavam viria, segundo sua carnal compreensão, na pessoa de um grande guerreiro, de um grande monarca que, ao derrotar todos os inimigos de Israel, daria completa libertação ao povo.
Não é provável que a tribo possuísse um animal desse porte como um bichinho de estimação, uma vez que a força do leão e a ameaça que representa o tornam um perigo para todos. O próprio Deus, pela palavra de seu profeta, assemelha-se a um leão, manifestando, dessa maneira, o tamanho do seu poder, para que o homem pudesse mensurar (Os 5.14). Em Apocalipse 5.5, esta metáfora, agora em referência a Cristo, é novamente destacada, quando da ocasião em que o ancião descrevia a visão a João, na ilha de Patmos.
O texto apocalíptico surge como um fragmento correlato de Gênesis 49.9, empregado pelo autor inspirado, Moisés, para enumerar as características de cada uma das doze tribos de Israel. E, ao manifestar-se a respeito da tribo de Judá, diz tratar-se de um “leãozinho que subsiste da presa”; isto é, daquele cuja presença e ação os inimigos não podem escapar.